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pensar é uma habilidade que requer desenvolvimento e prática. por mais que a maioria das pessoas ignorem esse fato - Jasmine Bina
Nos últimos dias tenho refletido muito sobre desenvolvimento profissional. As habilidades, os conhecimentos e o networking que quero priorizar para o próximo ciclo. Pesquisa vai, conversas vem e eis que me deparo com a seguinte pergunta: para você que está na "indústria do pensamento" (vulgo consultoria), o que significa ser bom em pensar?
🎯 Objetivo: apresentar uma ferramenta que te ajuda a pensar criticamente
📖 Flow de conteúdo:
Parte 1 - Contexto
Parte 2 - Ferramenta
Parte 1 - Contexto
Essa pergunta maravilhosa estava na newsletter da Concept Bureau, uma consultoria de branding americana que tem conteúdos ótimos e provocativos. Evoluindo a provocação, eles trazem um ponto super interessante de resposta a essa pergunta:
A maioria das pessoas acredita que ser bom em pensar é sinônimo de ter conhecimento. E, embora o conhecimento seja certamente um input crítico para um bom pensamento, é apenas um input. Não é a prática real de ser capaz de pensar bem.
O bom pensamento, e especialmente o bom pensamento estratégico, é o culminar de processos mentais que nos permitem analisar, raciocinar, resolver problemas, tomar decisões e gerar ideias criativas de forma eficaz e eficiente.
Para mim, ser bom em pensar é ter pensamento crítico. Questionar premissas para gerar revoluções. Afinal, se ninguém se perguntasse se é realmente estranho dormir na casa de um estranho, a gente não teria Airbnb. Pode até ser que para alguns esse pensamento aconteça de forma mais natural, mas isso não significa que é uma habilidade inata, que você não consiga desenvolver.
E vamos cá para nós … em um mundo onde as coisas estão cada vez mais pasteurizadas e as pessoas responsivas, saber pensar criticamente as premissas de algo te dá uma vantagem absurda para conseguir resolver problemas e criar diferenciação.
Parte 2 - Ferramenta
Existem VÁRIAS formas de exercitar e praticar o pensamento crítico. Adam Grant é um cara que realmente estudou o assunto e compilou as principais formas de estruturar um pensamento nessa série de livros. De todas, tem uma que é chave para o dia a dia de - qualquer - trabalho: first principle thinking, que vou apelidar de pilares fundamentais.
A ideia consiste em seguir a filosofia do pensamento socrático (ai mds, que mala kkkk) que nada mais é do que fazer perguntas de uma forma sistematizada para revelar premissas e separar o que se sabe e o que não se sabe.
O passo a passo é:
Dar clareza ao pensamento e a origem das suas ideias - o que eu acho/penso sobre esse assunto? Pq eu penso isso?
Desafiar premissas - como eu sei que isso é uma verdade? E se eu pensasse o oposto? (famoso advogado do diabo, rs)
Buscar evidências - Como eu posso provar isso? Quais as minhas fontes?
Considerar outras perspectivas - O que os outros podem considerar? Como sei que estou certo?
Examinar consequências e implicações - E se eu estiver errado? Quais seriam as consequências?
Voltar às perguntas originais - Pq eu pensei isso? Eu estava certo? Quais conclusões eu tiro desse processo?
O senso Isadora Pollo de pesquisa diz que é raro conseguir aplicar os 6 passos em todos os jobs que você faz. Mas se você fizer, pelo menos, 1 e 2, já estará a frente de 80% da população. E se ainda acrescentar aquela dose de intuição e subjetividade, lacrou.
Espero que seja útil :)
bjo bjo e até a próxima.